KENNETH MACMILLAN
Kenneth MacMillan assumiu o posto do Diretor do Royal Ballet, quando Sir Frederick Ashton se aposentou, em 1970. Era o nome mais em evidência, sobretudo por ser o primeiro grande coreógrafo a emergir da Royal Ballet School, das mãos de Dame Ninette de Valois. Nascido em Dumferline, na Escócia, em 1930, foi aluno da Royal Ballet School até 1947, quando entrou para o Sadler’s Wells Theatre Ballet.
Um ano depois, passava para a primeira companhia, no Covent Garden, para logo depois retornar ao Sadler’s Wells, em 1952.
KENNETH MACMILLAN |
Foi nesse mesmo ano que fez suas primeiras coreografias Somnambulism e Laiderette. Três anos mais tarde, criou seu primeiro balé profissional Danses Concertantes com tanta argúcia e inteligência que suas inovações revelaram o extraordinário talento coreográfico que havia sido encontrado. Aos 25 anos de idade, no dia 7 de junho de 1956, Kenneth MacMillan via o Sadler’s Wells dedicar uma noite inteira às suas criações, num programa que constava de Danses Concertantes, Somnambulism e Solitaire. Foi com a criação de The Burrow, em 1958, que MacMillan encontrou em Lynn Seymour a musa de seus balés e ela se tornou para ele o que Dame Margot foi para Sir Frederick Ashton. Em 1960, The Invitation trouxe à tona todos os elementos que fizeram dele um coreógrafo – um enorme sentido de drama teatral, uma incomum resposta à música, uma torrente de invenções líricas e, sobretudo, uma extraordinária capacidade de dizer com movimentos o que não pode ser verbalizado. E o seu trabalho mais seguro, mais dramático, inspirado num filme clássico de TorreNilson, The House of the Angel.
Logo depois, criou um balé de pura dança, Diversions, e em seguida provou sua habilidade em trabalhar com uma enorme massa de bailarinos com a criação de The Rife os Spring (1962). Seu próximo trabalho foi para o Stuttgart Ballet, Las Hermanas, e em 1963 veio outra canção sem enredo, Symphony, com música de Shostakovitch, um de seus melhores trabalhos.
VALERIE HARPER, NANCY WALKER E KENNETH MACMILLAN EM "FIVE FOR THE ROAD" |
Em janeiro de 1964, fez La Creation du Monde para a companhia itinerante do Royal Ballet e, nesse mesmo ano, quando das comemorações do 4º Centenário de Shakespeare, produziu Images of Love, uma série de danças, cada uma inspirada numa citação do grande poeta. O ano seguinte foi o ano de Romeu e Julieta e The Song of the Earth, que foi estreado em Stuttgart, com Márcia Haydée no papel principal. Em 1966, quando foi para Berlim como diretor da Deutsche Oper, criou Valses Nobles, Concerto (1966), Olympiade (1968), Anastasia – para Lynn Seymour em 1967, Caim e Abel (1968) e ainda The Sleeping Beauty e Swan Lake em 1969, que foi o presente deixado por ele antes de retornar ao Royal Ballet para assumir o posto de diretor em 1970. Seus mais recentes trabalhos são: Manon, Mayerling e La fin du Jour, no Royal Ballet e Metaboles, na Ópera de Paris.
FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.
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