quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte XV


LEONIDE MASSINE

    Leonide  Massine nasceu em Moscou em 1894 e morreu em 1979. Estudou na Escola Imperial, onde se graduou. Quando Diaghilev visitou Moscou em 1913, contratou-o como possível sucessor de Nijinsky com quem tinha rompido relações. Foi então confiado à direção de Enrico Cecchetti, estreando na Ópera de Paris, com papel principal de em La Lègende de Joseph com a coreografia de Fokine. Massine estreou como coreógrafo produzindo o bailado Soleil de Nuit. Tornou-se então o grande coreógrafo de Diaghilev substituindo Fokine. Criou para a companhia de Diaghilev: Les Femmes de Bonne Humeur, Parade, Contes Russes, La Boutigue Fantastique, Le Tricorne, Le Sacre du Printemps, Les Mateots, Zephyre et Flore, Le Pas d’Acier, Ode, Les Facheux. Foi para a América em 1926, onde permaneceu três anos trabalhando e produzindo bailados. Para a Companhia do Coronel de Brasil criou: Jeux d’Enfants, Le Beau Danube e Scuola di Ballo, e seus famosos bailados sinfônicos: Présages, Choreartlum, Symphonie Fantastique, Rouge et Noir, Septieme Symphonie.

LEONIDE MASSINE
  
    Para o Ballet Russo de Monte Carlo criou também Nobilíssima Visione, Gaité Pariensienne, Capricho Espanhol, Bacchanale. Mas também criou em Londres, Mademoiselle Angot; em Nova York, Mad Tristan; Vienna – 1914, The New Yorkere e Aleko. Massine dançou nos filmes Contos de Holfman, Carosello Napoletano e Sapatinhos Vermelhos.



    No festival de Nervi criou Decameron e Laudes Evangeli.
    Massine ocupa lugar de destaque no repertório internacional. Sua obra coreográfica percorreu o mundo, quer em companhias, quer sendo ele contratado como coreógrafo. Atuou na Ópera de Paris, no Colon de Buenos Aires, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no Scala de Milão, na Ópera Cômica, de Paris, onde criou Le Bal du Pont du Nord; a sua produção é vasta, inspirada e variadíssima. Se Balanchine foi por exelência um coreógrafo técnico-musical e Lifar, um coreógrafo dançante, Massine pode ser definido como um coreógrafo mímico-ator. Num balé de Massine atua-se teatralmente, tanto quanto se dança. Ele possuía o sentido teatral do espetáculo. Seu bom gosto é demonstrado pelo número de pintores modernos famosos que colaboram em sua obra coreográfica: Picasso, Braque, Miró, Masson, Bérard, Dali, Matisse, Chagall, entre outros.



    Considerado como um renovador, Massine era mestre na movimentação de grandes massas no palco. Ele colocava a dança pura a serviço da música, da pintura, da literatura e da filosofia. Suas produções têm sempre uma admirável unidade.  

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

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