segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte VI

NINETTE DE VALOIS

     Uma menina irlandesa, nascida em 1898, que recebeu na pia batismal o nome de Edrís Stannus, tornou-se criança prodígio. Mais tarde, rebatizada como Ninette de Valois, essa irlandesa foi a principal pioneira da dança e da coreografia na Inglaterra. Mas, apesar de uma bailarina admirável, dona de técnica e talento criador. Ninette não conquistou posição de destaque no mesmo plano de uma Markova ou de uma Fonteyn.

Ninette de Valois
     Depois de uma série de pequenos contratos, juntou-se à companhia de Diaghilev em 1924 como solista, sendo o seu melhor trabalho. A Dança dos Dedos, variação de Bodas de Aurora. Nessa grande companhia, aproveitou as sobras de tempo para estudar os métodos de ensino e produção. Descontente com a estética dos bailarinos da época, deixou o grupo de Diaghilev dois anos mais tarde para fundar sua própria escola: a Academia de Arte Coreográfica – nome que parecia muito pretensioso para a época.

    Dividindo o tempo entre sua escola, o Teatro Abbey de Dublin e o Festival Teatro de Cambridge, De Valois adquiriu uma sólida concepção das relações entre o teatro e o bailado. Seu primeiro trabalho coreográfico foi Rout. Mais tarde criou Job e La Création du Monde para Camargo Society. Alcançou êxito sem precedentes, quando se uniu a Lilian Baylis para trabalhar no Old Vic. Com traços característicos de método no trabalho, rebeldia no empreendimento e exuberância temperamental, deve-se a ela a existência do bailado inglês. 







    Fundadora e diretora do Royal Ballet por muitos anos, revelou Margot Fonteyn e uma quantidade enorme de jovens bailarinos de reconhecido talento. A rainha da Inglaterra conferiu-lhe o título honorífico de Dame of the British Empire. No ano de 1998 completou 100 anos de idade. E continuou a fazer aparições públicas até a sua morte na idade de 102 anos em Londres.


FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte V

VASLAV NIJINSKY

    Figura enigmática, de temperatura taciturno e introvertido, Nijinsky tornou-se um símbolo na mitologia da dança, conquistando um lugarlegendário. Nijinsky, de origem polonesa, nasceu em Kiev, na Ucrânia, em 28 de fevereiro de 1890, filho de Thomas Nijisky (bailarino famoso em sua época) e Eleonora Bareda, aluna da Escola Estadual de Ballet de Varsóvia. Com dez anos de idade foi aceito na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, tendo Nicholas Legat como mestre. Foi logo considerado aluno brilhante em balé, mas preguiçoso em outros estudos. Graduou-se na Escola Imperial em 1908, dançando o papel de Don Juan, com coreografia de Michel Fokine. A crítica rapidamente notou a sua admirável leveza e sua elevação. Poucos meses mais tarde, conheceu Serge Diaghilev, de quem se tornou grande amigo. Foi o primeiro bailarino da companhia da companhia que Diaghilev apresentou em maio de 1909 em Paris, quando dançou Pavillon d’Armide, Les Sylphides, Príncipe Igor e Cleópatra, todos com coreografia de Fokine.

VASLAV NIJINSKY
    O ano de 1910 reservou-lhe novas criações adequadas a valorizar seus dons excepcionais: em Carnaval, criou um gracioso Arlequim, em Scherezade esteve soberbo e admirável. Durante a temporada de 1911, Nillsky criou dois dos melhores papéis de seu repertório em: Le Spectre de la Rose e Petrouchka, obtendo um sucesso fenomenal. Sua primeira criação coreográfica foi L’Aprés Midi d’um Faune, com música do Prelúdio de Debussy. O sentido erótico dessa obra causou grande escândalo inicial, mas se impôs por sua originalidade.

    Primeiro bailarino do grupo de Diaghilev, Nijinsky casou-se com Romola Pulsky, jovem bailarina do Corpo de Baile, enquanto a companhia se apresentava em Buenos Aires. Logo que soube do casamento, Diaghilev, que se encontrava na Europa, telegrafou-lhe demitindo-o da companhia e retirnado-lhe sua amizade e proteção. Na primavera de 1914, Nijinsky organizou sua própria companhia em Londres, tendo fracassado pela falta de prática como diretor de uma troupe, e também pela doença dos nervos que o atacou. Nijinsky piorou no internamento durante a guerra, como prisioneiro civil na Hungria, país de origem de sua esposa.
Nijinsky voltou a dançar na companhia de Diaghilev quando este viajou para os Estados Unidos. Depois da tournée, o bailarino organizou seu grupo com elementos da companhia de Diaghilev, criando um novo e último bailado, Til Eulenspiegel, que foi apresentado poucas vezes. Depois de duas novas tournées pelos Estados Unidos e uma pela América do Sul, ele voltou à Europa, fixando-se na Suíça. Acentuando-se os sintomas de sua doença mental, foi internado em um sanatório, jamais recobrando a saúde. 

    Depois de longo sofrimento, faleceu a 11 de abril de 1950. Deixou uma filha, Kyra, também bailarina.
    Nijinsky foi um grande bailarino e artista de talento comprovado não somente pela crítica como pelo imenso público que o assistiu. Possuía uma técnica extraordinária; seu ballon e sua elevação não podiam ser comparados aos de qualquer bailarino masculino de sua geração.
    Dos bailarinos de sua época, foi o que obteve maior publicidade. Seu nome e sua carreira deveram muito ao fato de ele ter Diaghilev como amigo e diretor, e Michel Fokine como coreógrafo. No momento em que a influência do gênio criativo de Fokine abandonou Nijinsky, a sua carreira declinou.

  
VASLAV NIJINSKY

 FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte IV

ANNA PAVLOVA

    Considerada como a maior bailarina do início do século XX, Anna Pavlova nasceu em São Petersburgo a 3 de janeiro de 1881, filha de pais pobres. Levada por sua mãe aos 8 anos de idade para ver a A Bela Adormecida, a pequena Anna emocionou-se a tal ponto que resolveu dedicar-se inteiramente à dança.
    
ANNA PAVLOVA

   
    Admitida na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, em 1891, estreou ainda como estudante no palco do Teatro Mariynsky, no bailado A Filha do Faraó, em espetáculo beneficente em homenagem a seu mestre Christian Johannsen. Promovida a primeira solista em 1903, três anos mais tarde tornava-se Prima Ballerina do Teatro Mariynsky depois de magnífica interpretação do Lago dos Cisnes. Pouco depois, realizava a sua primeira tournée dançando em Estocolmo, Copenhaque e Berlim, em companhia de um grupo de bailarinos russos.


    Já ostentando o título de estrela internacional de primeira grandeza, Anna Pavlova apresentou-se ao lado de Vaslav Nijisky na famosa temporada da Companhia de Diaghilev no Teatro Chatelet de Paris.

    Fundou sua própria companhia e realizou tournées inesquecíveis por todos os países da Europa, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Costa Rica, Equador, Paraná, Peru, Porto Rico, Uruguai, México, Venezuela, China, Japão, Filipinas, Burma, Índia, Egito, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Java. Viajou cerca de quinhentas mil milhas em toda a sua carreira, dançando 3.650 espetáculos e mais de dois mil ensaios. Sua produção A Bela Adormecida ficou seis meses em cartaz no Hippodrone, em Nova York.


   
ANNA PAVLOVA - CISNE BRANCO
    No início de uma nova excursão pela Holanda, Pavlova apanhou um sério resfriado que se transformou em pneumonia, falecendo a 23 de janeiro de 1931. Artista de temperamento dramático, Anna Pavlova amava também as artes plásticas, deixando algumas esculturas. Dançava com muita virilidade, com grande êxtase espiritual, entregando-se completamente ao caráter da dança, transfigurando-se em cena e provocando uma profunda impressão no público. Celebrizou-se, particularmente, pela interpretação da Morte do Cisne, solo criado especialmente para ela por Michel Fokine.

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte III

MICHEL FOKINE

    Filho de um comerciante abastado, Michel Fokine nasceu em São Petersburgo em 26 de abril de 1880. Com nove anos ingressou na Escola Imperial de Bailados, anexa ao Teatro Mariynsky. Estudou com Platon Karsavin, Pavel Guerdt e Nicholas Legat. Graduou-se em 1898, entrando para o Corpo de Baile do Teatro Mariynsky como solista. Tornou-se logo um bailarino de primeira categoria, começando a lecionar em 1902.  Três anos mais tarde, criou as coreografias dos seus primeiros bailados. Acis e Galatea para o espetáculo anual dos alunos e A Morte do Cisne para Anna Pavlova. Aceitou um convite de Serge Diaghilev para ser coreógrafo da temporada dos balés russos, realizada em Paris em 1909. Essa oportunidade deu a Fokine prestígio internacional. Durante mais de trinta anos, criou inúmeros bailados de sucesso.

Michel Fokine

     Fokine é considerado o maior expoente na coreografia do século XX, conhecido também como excelente bailarino, grande reformador das concepções tradicionais do balé e coreógrafo inspirado. Dançou com as maiores estrelas da época, a começar por Pavlova. Como renovador, é para o século XX o que Noverre foi para o século XVIII, e exerceu profunda e benéfica influência em todos os ramos da arte coreográfica. Sua sensibilidade para a música é sentida na integração, sempre perfeita, entre seus bailados e o repertório musical.

Michel Fokine

     Sua obra é das mais variadas. Inclui romantismo de Carnaval, o neoclassicismo de Les Sylphides, a intensidade bárbara das Danças Polovtsianas do Príncipe Igor, a poesia de Le Spectre de la Rose, o sensualismo de Scherezade, a tragicomédia de Petrouchka, a beleza da antiguidade grega de Daphnis e Chloe, o burlesco mordaz de Le Coq d’Or. Michel Fokine criou bailados em quase todos os grandes teatros da Europa e da América e a maioria deles permanece ainda hoje no repertório das companhias internacionais. Fokine morreu em Nova York em 1942.

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte II

ISADORA DUNCAN

    Filha de pais irlandeses, Isadora Duncan nasceu em São Francisco na Califórnia, em 1878. A jovem Isadora aprendeu as relações entre a música e a dança com a mãe, professora de música. Desde cedo estudou balé, mas logo revoltou-se contra as formas convencionais, tornando-se uma autodidata. Estreou em Chicago, 1899, mas sem êxito, o que provocou sua ida para Europa com a família, para estudar. Dançou em Paris pela primeira vez em 1900, conseguindo impressionar favoravelmente. Isadora recebeu grande influência da arte grega e as túnicas esvoaçantes que usava para dançar foram imortalizadas por desenhistas, escultores e pintores.

Isadora Duncan

     Com o sucesso obtido em Paris, Isadora conseguiu contratos em Berlim, Budapeste, Florença e outras cidades europeias. Em 1904, inaugurou sua escola em Berlim com tanto êxito que dois anos mais tarde dançou, com um grupo de alunos. Apresentou-se pela primeira vez na Rússia em 1905, em São Petersburgo, quando influenciou Michel Fokine no bailado Eunice, com os bailarinos apresentando-se com pés descalços e com túnica gregas.
    Isadora Duncan voltou aos Estados Unidos em 1908, onde alcançou sucesso relativo. Apresentou, sete anos depois no Mercury Theatre de Nova York, sua troupe de bailarinos, mas ainda sem grande êxito, perdendo bastante para a Rússia, onde abriu uma escola. Voltou pouco depois aos Estados Unidos obtendo desta vez grande êxito. Segundo os críticos da época, dançava “melhor do que nunca”.

Isadora Duncan

    Numa nova tournée pela Europa, teve sérios contratempos em Berlim e em Paris. Pouco depois, abriu a Escola de Dança Duncan em Neuilly-sur-Seine. Sempre com a vida cheia de revezes, perdeu dois filhos em acidente no Rio Sena, em Paris. Isadora Duncan também teve morte trágica na tarde de 14 de setembro de 1927, em Nice, estrangulada por sua própria echarpe, ao dirigir seu automóvel.
    Os críticos consideram Isadora um fenômeno particular na dança atual. Ela pretendeu renovar a dança no que diz respeito à ideologia técnica. Ideologicamente, defendia a dança livre, despojada de trabalhos acadêmicos. Tecnicamente, recusava as cinco posições clássicas adquiridas por refinamento secular. Suprimiu as sapatilhas de ponta, renunciando à maior conquista da época romântica. Dançava descalça a com a cabeça inclinada para trás, por sentir que, desde as bacantes dos baixos-relevos gregos, em que se inspirou, até os animais, o êxito se manifestava por essa atitude. Sua influência na dança moderna foi indiscutível.

Isadora Duncan em suas vestes leves e descalça

    Isadora Duncan figura no rol dos revolucionários na história da dança. Na sua autobiografia My Life, publicada em 1928, há um registro curioso: “Je n’ai pas inventé la Danse, ele existait avant moi, mais ele dormait et je l’ai reveilée.”

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte I

SERGE DIAGHILEV

    O nome de Diaghilev ocupa lugar de destaque na história da dança contemporânea pela inestimável contribuição de seu trabalho renovador e por ter apresentado o balé russo ao mundo ocidental pela primeira vez.

Serge Diaghilev

    Filho de pais nobres, Serge nasceu na província russa Novgorod a 19 e março de 1872. Dotado de rara sensibilidade, dividia o seu tempo entre múltiplas atividades artísticas. Promovendo exposições e concertos, a exemplo da primeira exposição de impressionistas franceses na Rússia (1899-1900) e as Noites de Música Contemporânea (1901), com execuções de obras de jovens compositores russos e estrangeiros como Debussy, Ravel e Dukas. Encorajado por numerosas personalidades parisienses, Diaghilev organizou com sucesso exposições de arte ora na capital francesa ora em São Petersburgo, chegando a fundar, nesta última cidade, o jornal Mir Isskousfva (O Mundo da Arte).
    O balé só entrou definitivamente na vida de Serge Diaghilev no dia em que ele assistiu à famosa bailarina italiana Virgínia Zucchi dançar no Teatro Imperalde São Petersburgo. Seu primeiro trabalho no novo setor foi a supervisão da remontagem completa do balé Sylvia. No primeiro semestre de 1909, promoveu com êxito absoluto a temporada do balé russo no Teatro Chatelet de Paris, chamando a atenção pela suntuosidade do espetáculo e pela perfeição do conjunto que tinha em seu elenco bailarinos como Vaslav Nijisky, Ana Pavlova, Michel Fokine, Tamara Karsavina, Adolph Bolm, Vera Karalli, Mikhail Mordkin. Estes espetáculos marcaram o início de uma revolução da arte teatral do Ocidente, particularmente no balé.
    Exibindo-se em vários teatros do Ocidente, a Companhia de Ballets Russes de Diaghilev estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 17 de outubro de 1913, com Les Syphides, Le Spectre de la Rose, Le Pavillon d’Armide e Danças Polovtsianas de Príncipe Igor.
    No começo da Grande Guerra de 1914, Diaghilev permaneceu um ano em Veneza, mudando-se depois para a Suíça, onde recebeu convite de Otton Kahn, diretor do Metropolitan Opera House, para se apresentar nos Estados Unidos. Essas tournées alcançaram retumbante sucesso com reprises anuais. O Principado de Mônaco contratou a Companhia de Diaghilev em 1923 para a Ópera de Monte Carlos, com o novo nome de Ballets Russes de Monte Carlo.

Serge Diaghilev

    O último espetáculo da companhia foi realizado no Convent Garden, em Londres, em 26 de julho de 1929, apresentando no diagrama O Baile de Balanchine, O Filho Pródigo e Bodas de Aurora. Diaghilev morreu menos de um mês depois (19 de agosto de 1929) em Veneza.
    O seu grandioso empreendimento não acabou com sua morte, deixando imortalizada uma época gloriosa na história da dança neste século.
    O segredo dos 21 anos de permanente sucesso da Companhia de Diaghilev, num trabalho de vanguarda, teve sempre como base uma equipe de artistas excepcionais escolhidos entre os melhores da época. Entre eles sobressaem os coreógrafos Fokine, Nijinsky, Karsavina, Lopokova, Bolm, Massine, Cecchetti, Gregoriev, Idzikowsky, Markova, Dolin, de Varlois, Nikitina, Danilova, Lifar e Balanchine.
    Como disse Serge Lifar: “Não podemos tentar continuar o trabalho criador de Diaghilev. Ele foi o criador de pessoas que criavam obras-primas.”

    FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998. 

Ensinar

    "Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuaremos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. Profesor, assim, não morre jamais."

    RUBEM ALVES

Frase do dia!

"Há qualquer coisa sobre dançar é como uma coisa primitiva em todos nós"

PATRICK SWAYZE

Ator e dançarino americano

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dança Moderna

"Toda dança é um tipo de mapa febril, um gráfico do coração"


Martha Graham, bailarina americana que revolucionou a dança moderna

Mini Glossário da Técnica Clássica - Royal Academy of Dancing


A

À la seconde: para a segunda posição.

Àterre: no chão.

Adage: a parte da aula em que movimentos lentos, fluentes e controlados se combinam para desenvolver graciosidade, beleza e equilíbrio.

Arabesque: posição em que o bailarino se equilibra sobre uma perna com a outra estendida para trás.

Arabesque penchée: arabesque inclinado para diante, de modo que o tronco se aproxima do chão enquanto que a perna estendida se eleva mais.

Arrière (en): para trás.

Assemblé: unido.

Avant (en): para diante.


B

Balancé de coté: Balancer significa balançar; de coté significa de lado. É um passo que oscila de um lado para o outro.

Barre: barra que você segura enquanto executa a primeira parte de sua aula (do 1º Grau em diante) para ajudar a desenvolver força e eficácia de movimentos enquanto se apóia nela.

Battement: literalmente traduzido, significa um movimento de batida.

Battement frappé: Frapper significa bater, golpear - a almofada da planta do pé toca a superfície do chão quando a perna se estende para a posição aberta.

Battement glissé: Glisser significa deslizar. O pé desliza com energia suficiente para erguer a ponta do pé um pouco acima do chão.

Battement tendu: Tendu significa esticado. A perna e o pé estão estendidos longe do corpo - a ponta do pé permanece no chão.

Bourrée: Dança do século XVIII.

Bras bas: braços embaixo. É uma posição dos braços com a qual todas as outras posições se iniciam. É uma posição de descanso para os braços entre exercícios.


C

Changements: saltos em que se trocam os pés no ar.

Changer: mudar, trocar.

Ciseaux: Tesouras. Por vezes, uma sisonne é mencionada como pas de ciseaux porque se assemelha a
abrir e fechar uma tesoura.

Cou-de-peid: colo do pé ou articulação do tornozelo.

Croisé (en): direção do corpo em que um lado do corpo está ligeiramente desviado da posição frontal, com a perna mais próxima do público cruzada em frente da outra.


D

Danseur noble: um bailarino de bela aparência.

Dedans (en): para dentro.

Degagé: significa livre, separado, desligado. É o termo que se aplica ao movimento da perna e do pé quando se deslocam de uma posição fechada para uma aberta à terre.

Dehors (en): para fora.

Demi-brás: meio braço. Posição dos braços, entre a 1ª e a 2ª posições, com as palmas das mãos ligeiramente voltadas para cima.

Demi-pliés: meio fletido.

Demi-pointe: meia ponta, isto é, apoiar-se na almofada da planta dos pés.

Demi-seconde: meia segunda. Uma posição dos braços entre a 2ª posição e bras bas.

Derrière: atrás.

Développé: abrir, desdobrar, desenvolver.


E

Écarté (en): separado ou afastado. Uma perna é estendida para a 2ª posição com o corpo ligeiramente desviado da posição frontal ao público e a cabeça voltada por sobre o ombro.

Echappé: escapar.

Echappé sauté: salto em que os pés “escapam” um do outro no ponto mais alto e pousam em posição aberta.

Effacé (en):direção do corpo em que um lado do corpo está ligeiramente desviado da posição frontal, com a perna mais distante do público na frente da outra.

En arrière: para trás, recuado.

En avant: para diante, avançado.

En croisé: cruzado. Um lado do corpo está desviado da posição frontal, com a perna mais próxima do público cruzada em frente da outra.

En croix: em formato de cruz.

En face: para a frente, colocado frontalmente.

En fondu: “derretido”, afundado, fletido.

Enchaînement: enchaîner significa ligar e enchaînement é quando dois passos são encadeados um no outro e dançados de acordo com a música.

En l’aire: no ar.

Entrechat (quatre): entrelaçar ou entretecer. Um passo que consiste num salto no ar fazendo rápidos movimentos de batida com ambas as pernas. O nome entrechat depende do número combinado de batidas feitas por cada perna, por exemplo, entrechat quatre, entrechat six.

Épaulement: uma posição em que um ombro está mais avançado do que o outro.


F

Face (en): de frente.

Fondu: fundido, derretido, isto é, afundar suavemente com a flexão de uma perna.

Frappé: batido ou golpeado.

Full pointe: ficar na ponta dos pés em sapatilhas especialmente feitas para proteger os dedos.


G

Galop: passo corrido, feito lateralmente, ou para diante, ou em volta da sala.

Glissade: passo deslizante que serve como preparação ou como ligação para outras.

Glissé: deslizante.

Grand battement: movimento executado na barra e, mais tarde, no centro, em que a perna é lançada para o alto para o ar desde o quadril.

Grand jeté: Jeter significa lançar. Grande salto. Uma perna é lançada para longe da outra a fim de ajudar a
içar o corpo e levá-lo a deslocar-se no ar.

Grand plié: flexão dos joelhos em plié até que as coxas estejam horizontais ao chão.


J

Jeter: lançar.


L

L’air (en): no ar.


O

Oblique (linha, de arabesque): uma linha oblíqua.


P

Pas: passo.

Pas de bourrée: passo de bourrée, dança do século XVIII.

Pas de chat: passo de gato.

Pas de cheval: passo de cavalo.  

Pas de ciseaux: passo de tesoura.

Penchée: inclinado ou debruçado, como num arabesque penchée, em que a perna é erguida bem alto, para trás, inclinando-se o corpo para a frente, na direção do chão.

Petit jetés: pequenos saltos de uma perna para a outra.

Piqué: picado, staccato.

Pirouette: volta ou giro sobre uma perna.

Pirouette en dedans: pirouette girando para dentro.

Pirouette en dehors: pirouette girando para fora.

Pirouette (posição de): posição que se assume para se executar o giro.

Plié: flexão dos joelhos.

Plier: fletir, dobrar.

Pointe, demi: colocar-se em meia ponta, isto é, sobre a almofada da planta dos pés.

Pointe: colocar-se na ponta dos pés, com sapatilhas especialmente feitas para proteger os dedos.

Port de bras: modo de conduzir os braços. Há exercícios de condução dos braços em todos os graus para que se aprenda como movimentar os braços graciosa e expressivamente.


R

Relevé: levantado ou erguido.

Retiré: retirado ou retraído. Movimento em que se leva a coxa para a segunda posição, joelho fletido, deslizando a ponta do pé pelo lado da perna de apoio, até atingir a concavidade posterior do joelho.

Révérence: reverência.

Ronds de jambé: movimento circular da perna.


S

Sauté: saltado.

Sauter: saltar.

Seconde, à la: para a 2ª posição.

Set adage: sequência fixa de movimentos lentos e controldos, praticada como preparação para um exame.

Sissonne: passo de elevação que parte de dois pés e termina sobre um só pé (ordinaire e ouverte) ou sobre os dois (fermée).

Soubresaut: salto de dois pés para dois pés sem troca, cruzando uma perna em frente da outra no ar, de modo que o pé de trás fique escondido pelo da frente.


T

Tendu: esticado.

Temps levé: elevar o corpo, saltando no ar sobre uma perna.

Terre (à): no chão.

Tour em l’aire: salto em que há um ou mais giros no ar antes da descida.   

Fonte: FONTES, M. Royal Academicy of Dancing, Curso de Balé. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1986.   

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cursos de Graduação em Dança no Brasil!

    São várias as opções, você pode escolher entre as formações em: Bacharel, Licenciatura e Tecnólogo em Dança ou Artes Corporais.



Universidades Públicas:


UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – CAMPINAS (SP)



UFRGS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – PORTO ALEGRE (RS)


UERGS – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL – MONTENGRO (RS)


UFPEL/IAD – FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – PELOTAS (RS)


FAP – FACULDADE DE ARTES DO PARANÁ – CURITIBA (PR)


UFPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – BELÉM (PA)


UFRN – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – NATAL (RN)


UFAL – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – MACEIÓ (AL)


UFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – LARANJEIRAS (SE)


UFBA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – SALVADOR (BA)


UFV – FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – VIÇOSA (MG)


UEA – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – MANAUS (AM)


UFPE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – RECIFE (PE)


UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RIO DE JANEIRO (RJ)


Universidades Particulares:


PUC SÃO PAULO – PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – SÃO PAULO (SP)


UNIVERCIDADE – CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE – RIO DE JANEIRO (RJ)


FAV – FACULDADE ANGEL VIANNA – RIO DE JANEIRO (RJ)


UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RIO DE JANEIRO (RJ)


UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA – CRUZ ALTA (RS)


UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI – SÃO PAULO (SP)


FACULDADE TIJUCUSSU – SÃO CAETANO DO SUL (SP)


UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – CANOAS (RS)


FACULDADE PADRÃO – GOIÂNIA (GO)


FACULDADE PAULISTA DE ARTES -  SÃO PAULO (SP)