segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte VI

NINETTE DE VALOIS

     Uma menina irlandesa, nascida em 1898, que recebeu na pia batismal o nome de Edrís Stannus, tornou-se criança prodígio. Mais tarde, rebatizada como Ninette de Valois, essa irlandesa foi a principal pioneira da dança e da coreografia na Inglaterra. Mas, apesar de uma bailarina admirável, dona de técnica e talento criador. Ninette não conquistou posição de destaque no mesmo plano de uma Markova ou de uma Fonteyn.

Ninette de Valois
     Depois de uma série de pequenos contratos, juntou-se à companhia de Diaghilev em 1924 como solista, sendo o seu melhor trabalho. A Dança dos Dedos, variação de Bodas de Aurora. Nessa grande companhia, aproveitou as sobras de tempo para estudar os métodos de ensino e produção. Descontente com a estética dos bailarinos da época, deixou o grupo de Diaghilev dois anos mais tarde para fundar sua própria escola: a Academia de Arte Coreográfica – nome que parecia muito pretensioso para a época.

    Dividindo o tempo entre sua escola, o Teatro Abbey de Dublin e o Festival Teatro de Cambridge, De Valois adquiriu uma sólida concepção das relações entre o teatro e o bailado. Seu primeiro trabalho coreográfico foi Rout. Mais tarde criou Job e La Création du Monde para Camargo Society. Alcançou êxito sem precedentes, quando se uniu a Lilian Baylis para trabalhar no Old Vic. Com traços característicos de método no trabalho, rebeldia no empreendimento e exuberância temperamental, deve-se a ela a existência do bailado inglês. 







    Fundadora e diretora do Royal Ballet por muitos anos, revelou Margot Fonteyn e uma quantidade enorme de jovens bailarinos de reconhecido talento. A rainha da Inglaterra conferiu-lhe o título honorífico de Dame of the British Empire. No ano de 1998 completou 100 anos de idade. E continuou a fazer aparições públicas até a sua morte na idade de 102 anos em Londres.


FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

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