sábado, 29 de janeiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte IV

ANNA PAVLOVA

    Considerada como a maior bailarina do início do século XX, Anna Pavlova nasceu em São Petersburgo a 3 de janeiro de 1881, filha de pais pobres. Levada por sua mãe aos 8 anos de idade para ver a A Bela Adormecida, a pequena Anna emocionou-se a tal ponto que resolveu dedicar-se inteiramente à dança.
    
ANNA PAVLOVA

   
    Admitida na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, em 1891, estreou ainda como estudante no palco do Teatro Mariynsky, no bailado A Filha do Faraó, em espetáculo beneficente em homenagem a seu mestre Christian Johannsen. Promovida a primeira solista em 1903, três anos mais tarde tornava-se Prima Ballerina do Teatro Mariynsky depois de magnífica interpretação do Lago dos Cisnes. Pouco depois, realizava a sua primeira tournée dançando em Estocolmo, Copenhaque e Berlim, em companhia de um grupo de bailarinos russos.


    Já ostentando o título de estrela internacional de primeira grandeza, Anna Pavlova apresentou-se ao lado de Vaslav Nijisky na famosa temporada da Companhia de Diaghilev no Teatro Chatelet de Paris.

    Fundou sua própria companhia e realizou tournées inesquecíveis por todos os países da Europa, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Costa Rica, Equador, Paraná, Peru, Porto Rico, Uruguai, México, Venezuela, China, Japão, Filipinas, Burma, Índia, Egito, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Java. Viajou cerca de quinhentas mil milhas em toda a sua carreira, dançando 3.650 espetáculos e mais de dois mil ensaios. Sua produção A Bela Adormecida ficou seis meses em cartaz no Hippodrone, em Nova York.


   
ANNA PAVLOVA - CISNE BRANCO
    No início de uma nova excursão pela Holanda, Pavlova apanhou um sério resfriado que se transformou em pneumonia, falecendo a 23 de janeiro de 1931. Artista de temperamento dramático, Anna Pavlova amava também as artes plásticas, deixando algumas esculturas. Dançava com muita virilidade, com grande êxtase espiritual, entregando-se completamente ao caráter da dança, transfigurando-se em cena e provocando uma profunda impressão no público. Celebrizou-se, particularmente, pela interpretação da Morte do Cisne, solo criado especialmente para ela por Michel Fokine.

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

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