terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os Grandes Mestres - Parte XIIII


GALINA ULANOVA

    Descendente de uma família de bailarinos, Galina Ulanova nasceu em São Petersburgo, em 1910, filha de Maria Romanova, bailarina clássica e professora de coreografia, e de Serge Ulanov, maître-de-ballet. Ulanova é, sem dúvida, uma descendente direta das grandes bailarinas do passado, tais como Taglione ou Pavlova. 

GALINA ULANOVA

   Tendo estudado numa das melhores escolas do mundo, que é a Escola Coreográfica de Leningrado, ela revela um estilo próprio na sua maneira simples de dançar, que fazia ressaltar aos olhos do público ao entrar em cena, antes mesmo de executar um passo. A perfeita combinação plástica dos seus movimentos, a técnica segura e a finura de sua arte, aliadas a uma expectativa misteriosa proveniente de sua personalidade, matinha o público em agradável suspense. Ulanova e Fonteyn são consideradas as maiores bailarinas do nosso século. De temperamento tímido, suave e de saúde frágil, Ulanova é uma das bailarinas de maior força vital que os palcos já conheceram. Sua dança é extremamente expressiva. Ela interpretou os papéis mais diversos devido à sua versatilidade artística.



    Ulanova estreou em 1928, dançando em Chopiniana, de Michel Fokine. Logo depois interpretava Odette-Odile, em O Lago dos Cisnes, na versão de sua mestra Vaganova, marcando o início de sua maturidade artística. Interpretou depois A Bela Adormecida, Giselle, A Fonte de Bakhnchissaray, Romeu e Julieta, A Bayadera, todos no Teatro Kirov de Leningrado. No Teatro Bolshoi de Moscou, para cuja companhia foi transferida em 1944, interpretou Cinderella.



    Em 1951, Galina Ulanova dançou pela primeira vez para o mundo ocidental em Florença. Dançou em Londres Romeu e Julieta, pela primeira vez em 1956. Ulanova foi condecorada como Artista Nacional pelo Governo Soviético em 1940 e recebeu o prêmio Stalin em 1946. Artista completa, universalmente conhecida, Ulanova tornou-se um ídolo de todas as plateias, quer soviéticas quer estrangeiras. Faleceu em março de 1998, aos 88 anos.  

FONTE: Achacar, Dalal. Balé: uma arte. Ediouro RJ, 1998.

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