terça-feira, 12 de abril de 2011

Calorias e Nutrientes!


    O corpo diariamente consome 1.500 calorias (energia necessária para mantê-lo em equilíbrio térmico), estritamente para um metabolismo básico, funcional.



    Para manter em ordem o mínimo de atividades normais, desenvolvidas por um adulto, acrescente mais 500 calorias, e teremos um total de 2.000 calorias. Tenha em mente, que isto seria o mínimo necessário para um adulto, que tem um trabalho normal, em horário normal e que de vez em quando, irá a Teatro, talvez para ver algum Ballet.
    No entanto, para os bailarinos que vivem praticamente suados e ativos, o controle do consumo de calorias, para trabalhar e atuar, deverá ser observado.
    À estimativa de 2.000 calorias diárias, acrescente mais 600 (mínimo) calorias, ou até mesmo 1.000 calorias a mais para a realização da intensa atividade física.
    É importante dizer que, ao invés de destruir desvairadamente, em curto prazo, algumas calorias em excesso através de remédios alopáticos ou dietas suicidas, o mais sensato e saudável será transformar esta energia em outra.
    Partindo-se do princípio básico de que deveremos ter um determinado acúmulo de calorias para manter um equilíbrio dinâmico, na entrada e perda das 2.600 ou 3.000 calorias diárias, não será problemático para um bailarino ou atleta, que mantém um controle qualitativo de nutrição e de atividades, eliminar e controlar, durante o ano de atividades, a flutuação de poucos quilos, que pode ocorrer no processo metabólico.  Obviamente, uma bailarina despende mais energia do que qualquer outro indivíduo, portanto, será uma necessidade reter extra caloria, justamente para estar no balanço nutricional.
    As calorias extras podem ser, principalmente, na forma de carboidrato, o mais eficiente combustível para os músculos, entre as substâncias alimentares, usado quase que exclusivamente durante exercícios físicos pesados e nos eventos de resistência.
    Os excessos de carboidratos são armazenados no fígado e músculos na forma de glicogênio. Quando estes armazenamentos são diminuídos, com atividade física prolongada, resulta em fadiga, geralmente refletindo baixo nível de açúcar no sangue.
    Este sintoma pode incluir fraquezas, dor de cabeça, irritabilidade, nervosismo e perda da eficiência mecânica expressa por uma defeituosa coordenação.
    Visto que a melhor época para reabastecer o armazenamento de glicogênio é 2 ou 3 dias antes das apresentações, não faz absoluto sentido bailarinos que cortam indiscriminadamente a reserva de carboidrato do organismo, antes das apresentações, com intento de diminuir 1 quilo ou 2.
    Por outro lado, alguns atletas, particularmente corredores de longas distâncias, partem para treinos, com a prática conhecida por carga de carboidrato.  
    Nesta prática, vigorosos exercícios realizados num espaço de tempo, com baixo índice de carboidrato, são sucedidos por exercícios leves, com entrada de alto carboidrato, causando com isto, uma quantidade de glicogênio na musculatura, para um índice acima do dobro, desta forma, aumentando a resistência.
    Esta é a única manipulação nutricional conhecida usualmente para aumentar a performance atlética, no entanto, isto não é prudente, pois aliado a esta rotina está um tremendo aumento na deposição de água no organismo com risco de rigidez, abatimento, dores no peito, eletrocardiograma alterado e a possibilidade de destruição das fibras musculares.
    Corpos obesos são habituados a fornecer combustível para exercícios de baixa intensidade e não são igualmente eficientes em mananciais energéticos, como também em carboidratos.
    Visto que a gordura é mais densa calorificamente do que qualquer outro carboidrato ou proteína (mais ou menos, aproximadamente 9 calorias por grama de gordura é aproximadamente 4 calorias por grama de ambos, carboidrato e proteína), é mais fácil eliminar, se desejar, caloria extra de carboidrato ou proteína do que caloria extra de gordura.
    A maneira infalível de adquirir “bagagem” para igual prognóstico será aumentando a porcentagem de gordura na dieta. A quantia de gordura, desejada, na dieta é na escala de 30-35 por cento, no total de entrada de caloria e certamente, não mais do que 45 na escala porcentual.
    Algumas gorduras são necessárias no bom balanceamento da dieta por causa de vitaminas e, sem dúvida, indispensáveis ácidos gordurosos as contêm, bem como o que assemelha ser substância gordurosa contida, é o necessário para o metabolismo normal de carboidrato.
    Proteína é a molécula composta de pequenos segmentos chamados aminoácidos. Existem 22 aminoácidos diferentes, e aproximadamente 8 – aminoácidos essenciais – que podem ser sintetizados pelo organismo.
    Um razoável fluxo de proteína, na dieta de um adulto, tem por volta de 11 ou 12 por cento do total das calorias e atletas têm mais necessidade do que indivíduos menos ágeis.
    A proteína contribui para o crescimento e manutenção do tecido humano, mas não é uma eficiente energia combustível. Qualquer excesso na necessidade diária é de qualquer forma, excretada através dos rins ou convertida em gordura e armazenada.
    Por alguma razão, nós não pensamos no alimento com um fim global, mas sim como armazenamento de gordura – talvez mantendo um antigo pensamento sobre alimentação.
    Mas a massa muscular não se desenvolve em proporção a massa de proteína ingerida. Ela se desenvolve somente através da combinação da alimentação balanceada e o trabalho muscular.
    Mesmo se alimentando mais, o nível proteíco se manterá, isto só irá acrescentar gordura desnecessária, a menos que acompanhado de exercícios e treinamentos em proporção.


 Fonte: Bertoni, Iris Gomes. A dança e a evolução; O ballet e seu contexto teórico; Programação didática. São Paulo, 1992.

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